Você pode não conhecer esse nome simples com sobrenome difícil de ser pronunciado, mas certamente já conheceu pelo menos uma de suas obras. Considerado um dos mais importantes urbanistas brasileiros, Wilheim foi responsável por grandes projetos em São Paulo, como a reurbanização do Vale do Anhangabaú e do Pátio do Colégio. É dele, também, o projeto do Parque Anhembi, da sede do Clube Hebraica, do Serviço Social das Indústrias (Sesi) – Vila Leopoldina, do centro de diagnósticos Albert Einstein, do Jockey Club São Paulo, da sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Galeria Ouro Velho, do Shopping Center 3, e muitos outros projetos.

Wilheim, na realidade, é Italiano e veio com apenas 12 anos para o Brasil. Filho de pais húngaros, formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e, ao longo de décadas, consagrou-se como urbanista, arquiteto, administrador público e político. Assinou planos diretores de diversas cidades brasileiras, como Curitiba (Paraná), Joinville (Santa Catarina), Natal (Rio Grande do Norte), Osasco, Campos do Jordão e Campinas (São Paulo). E, para quem não tem profundos conhecimentos de urbanismo, um plano diretor é o principal instrumento da política urbana de uma cidade. É por meio dele que são estudados os riscos e benefícios da urbanização, para um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, ou seja: um plano diretor bem feito garante uma cidade mais eficiente e inteligente.

O arquiteto também foi secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo (1975-79); secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (1987-1991); e secretário de Planejamento do Município de São Paulo (2001-2004). Entre as medidas que tomou durante sua trajetória política estão a criação do Procom, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e do passe do trabalhador – atualmente conhecido como Vale-Transporte –, além da proposição do uso do álcool combustível misturado à gasolina como estratégia para poupar energia, que mais tarde daria origem ao Programa Proálcool. Todas as suas iniciativas foram marcantes e até hoje afetam diretamente a vida de grande parte dos cidadãos.

Intelectual, Jorge Wilheim também escreveu diversos livros sobre história, arquitetura e urbanismo; foi secretário adjunto da Conferência da ONU para os Assentamentos Humanos e uma figura importante para o campo das artes visuais em São Paulo. Wilheim faleceu de complicações decorrentes de um acidente de carro sofrido em fevereiro de 2014, aos 85 anos, 60 dos quais dedicados a pensar cidades, sempre enfatizando a dimensão humana e do planejamento em seus projetos.

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